sábado, 15 de setembro de 2012

Puta revoltz!

No mundo animal (sei que você pensou em uma música hehe), há uso de diversas formas de se impor diante de um rival, uma delas é por meio da intimidação. O bicho pode até não ser muito mais perigoso e forte que o outro, porém, a maneira com que ele se impõe, faz com que ele possa fazer sua vontade prevalecer. Com o ser humano não é muito diferente, pois também somos animais e temos nossos instintos. Em tempos que ele precisava se defender de perigos selvagens, de rivais por território e comida, sua postura era para ameaçar seu rival e o mais apto fisicamente prevalecia. Os tempos passaram e conseguimos desenvolver uma artimanha bastante sofisticada, a argumentação, em que usamos nossa linguagem falada para desenvolver nossas ideias e assim fazer prevalecer nossas vontades. Porém, trata-se de um recurso que ainda não é bem aproveitado, sendo que há pessoas que, por falta de paciência, de argumentos, de equilíbrio emocional, de maior desenvolvimento, acaba se recorrendo a seus instintos mais primitivos e usa da violência, apela por querer “vencer no grito” e acabam se exaltando.

Durante grande parte da minha adolescência, não nego, fui sim muito afim de uma briga, de um bate-boca como meios de resolver mais facilmente meus problemas. Com o tempo, vi que este não era o melhor caminho para que minha vontade fosse respeitada e passei a querer resolver meus problemas e diferenças baseado na conversa e busca de soluções mais racionais, o que acabou me poupando de muitos estresses desnecessários e ver que não são todos os momentos que estou com a razão. Comecei a ver o quão ridículas são as pessoas que esperneiam, não pensam para falar e acabam sempre apelando para a ignorância. Sei que ninguém tem nervos de aço nem sangue frio, mas quando conseguimos ser mais racionais, conseguimos resolver muitos problemas.

Estou fazendo este post porque tenho visto ultimamente muitas pessoas revoltadas e discutindo por tão pouco, gritando ao mundo sobre seus problemas sem pensar em como solucioná-los. Muitas vezes é preferível deixar o tempo resolver nossos problemas mesmo, tem uns que não tem solução breve, por isso não tem o porquê ficarmos nos preocupando antecipadamente. Sei que uma hora posso me ferrar com essa ideia de quere pensar em soluções e se não encontrar deixar o tempo resolver, mas penso que desta forma não irei me desgastar à toa.

 

Ah, só mais uma coisa, não adiante querer discutir com gente ignorante, viu? Elas nunca irão se colocar no lugar do outro e dificilmente irá respeitar suas vontades, mesmo que você exponha argumentos válidos e mostre que está com a razão, porque, para esse tipo de pessoa, esta sempre estará ao seu lado.

Um comentário:

  1. Putz, eu sou do tipo que sai berrando sim, sou muito impaciente com tudo, só sou paciente quando se trata da minha cachorra. O maior motivo da minha impaciência é a impaciência que muitas pessoas têm para comigo, convivi a vida inteira com familiares assim e aprendi a resolver as coisas aos berros e pontapés, por isso é muito difícil para mim resolver problemas sem esquentar a cuca.
    Entretanto, percebo nitidamente a diferença entre resolver as coisas com paciência, os resultados são muito bons, quando lidamos com alguém que não seja ignorante obviamente, como é com a minha cachorra. A delicadeza com que ela trata meu sobrinho pequeno e sua calma foram resultados do meu tratamento diferente, em relação ao meu tratamento com humanos em geral, direcionei e corrigi seus modos, sempre com muita paciência. Talvez a trato assim por valorizar muito mais um animal do que um ser humano. Estou tentando aprender como tratar uma pessoa assim também (aquelas com quem temos a chance de argumentar) e confesso que tenho muita dificuldade!!

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